Por Wellington Porto, Innovation Leader na ACE Cortex
O Corporate Venture Building (CVB) tem se tornado, cada vez mais, uma vertical poderosa para grandes empresas que desejam alavancar novas linhas de receita, ao mesmo tempo em que potencializam suas estratégias para o negócio. A criação dessa estrutura permite que diversas organizações criem novos empreendimentos dentro de casa e se conectem com as principais metodologias ágeis e um rol de habilidades voltadas à inovação.
No Brasil, há um cenário muito prolífico para grandes empresas que desejam adquirir startups e incorporá-las em seu modelo de negócio. Não é à toa que o M&A tem sido uma ferramenta de inovação corporativa extremamente utilizada no mercado, com um número considerável de negociações sendo realizadas mensalmente. No entanto, pouco se fala sobre o Corporate Venture Building como uma forma de estruturação e desenvolver novos negócios internamente, explorando sinergias operacionais e a expertise dos talentos intraempreendedores.
O M&A e o Corporate Venture Building se tornam uma alternativa interessante, à medida que o cenário de investimentos em startups tem passado por uma reviravolta. Por um lado, com os valuations dessas empresas de tecnologia abaixando, os preços para potenciais aquisições se tornam mais convidativos. De uma outra perspectiva, a criação de novos negócios internamente passam a ser um caminho para aproveitar recursos financeiros de uma empresa já consolidada no mercado, na possibilidade de atacar uma nova dor no mercado.
Diante deste cenário atual no mundo corporativo e no ecossistema de inovação, existem algumas razões para que tanto as organizações, quanto as startups busquem o modelo de Corporate Venture Building para resolverem os seus desafios de negócios. Abaixo, confira alguns dos principais motivos, dos dois lados, para a implementação de uma estrutura de novos negócios.
Por que organizações adotam o CVB
- Explorar novas tecnologias e/ou modelos de negócio;
- Focar no ganho de conhecimento de novas tecnologias;
- Entender e descobrir potenciais aquisições;
- Demonstrar que a organização é inovadora;
- Buscar por nova influência ou rotas mais rápidas;
- Acessar talentos organizacionais nativos do mundo digital e buscar por um retorno financeiro.
Por que startups adotam o CVB
- Buscar parcerias e estreitar laços com as organizações
- Desenvolver parcerias estratégicas e de alavancagem de negócio;
- Acesso a novos mercados;
- Mapear novos investidores;
- Buscar novos consumidores;
- Buscar potenciais aquisitores;
- Buscar novos talentos especializados em verticais mais robustas, como operações, por exemplo.
Estruturando o funil de CVB
Quando falamos da criação de novos negócios em grandes corporações, a criação de uma estrutura interna é fundamental para o sucesso da iniciativa. Na intenção de implementar um espaço para o recebimento e desenvolvimento de projetos de inovação, aqui na ACE Cortex, trabalhamos com a ideia de um funil de CVB.
Como funciona esse funil de CVB? Te explico. Cada ideia de novo negócio deve passar por três etapas para se tornar, enfim, uma nova empresa. Estas fases são: viabilização; construção; e gestão. Cabe às corporações, portanto, dedicar os recursos financeiros, humanos, tecnológicos e operacionais para que essas ideias fluam da melhor maneira possível, possibilitando que inovação floresça por meio desses projetos.
As três fases do funil
Viabilização → É uma etapa de geração de ideias, onde se passa por elementos como simulação e aprovação, avaliando premissas e simulando um demonstrativo financeiro da ideia. Também é uma fase de descoberta, procurando alavancas de negócios e cenários estratégicos;
Construção → É uma etapa de definição, onde se passa por elementos como construção, estruturação e contratação. São discutidas questões, como, por exemplo, a constituição da nova empresa, além da realização de um mapeamento das principais habilidades e conhecimentos desejados para a contratação de uma nova equipe. Há também toda a estruturação da governança;
Gestão → Aqui são abordadas questões como planejamento e pivotagem, passando por elementos relacionados à implementação, medição e administração. Toda estruturação da administração da operação é realizada, assim como a primeira estratégia de negócios é desenhada e implementada. São implementadas as primeiras formas de mensuração dos indicadores.
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Episódio 1